segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O HOMEM QUE MUDOU O RANGE ROVER:


Richard Woolley, diretor de design da Land Rover, fala sobre seu trabalho na nova fase da marca inglesa

No estande da Land Rover no Salão do Automóvel, não havia como evitar: os olhos corriam pelo Defender, apreciavam o Freelander, passavam pelo Range Rover e se fixavam no Evoque. O mais novo automóvel da marca inglesa é de longe o mais belo da linha, e tende a concentrar a atenção do visitante. Mas ele não era a única novidade por ali. Embora nem todo mundo perceba à primeira vista, o Range Rover também mudou inteiramente. Só que não parece.
Mudar um carro emblemático como o Range Rover (modelo mais caro e luxuoso da empresa) foi o desafio enfrentado por Richard Woolley, diretor de design da Land Rover: “Quando íamos ouvir os clientes, eles nos diziam claramente: ‘Por favor, não mudem o carro, apenas o melhorem’ ”.
É provável que o público continuasse a comprar o Range Rover mesmo que ele não mudasse. Mas renovar é preciso. A última renovação no Range Rover havia ocorrido em 2001. Já estava na hora de uma reformulação. Porém, fazer um grande Evoque não era a solução, porque o carro tem um histórico e seu público é mais formal: “O Evoque era um carro novo, não estava substituindo nenhum modelo”. Portanto, não havia restrições quanto à criação. No caso do Range Rover, o desafio foi “mudar sem que o carro parecesse diferente”.
Richard Woolley, diretor de design da Land Rover (Foto: Land Rover)
Assim, a equipe liderada por Woolley mudou o carro sem alterar a essência. O segredo, de acordo com o designer, foi “manter as proporções e a simetria”. Entre os pontos que deveriam ser preservados estavam a grande área envidraçada e a inclinação do para-brisa, que forma uma linha imaginária entre o vidro e o centro das rodas dianteiras. A tampa traseira, que se abre em duas partes (uma para cima e outra para baixo), foi preservada. Mas agora ficou mais prática: a parte inferior foi reduzida. Assim, facilita a abertura em espaços menores. “Melhorou espaço e funcionalidade”, diz o designer. Outra característica é o teto, que parece estar “flutuando”, na definição de Woolley. Como a área envidraçada é ampla e todas as colunas são pintadas de preto brilhante, a impressão é a de que não há ligação física entre o teto e o restante da carroceria.
O porte, que já era avantajado, foi ampliado. Normalmente, quem anda no Range Rover costuma ver outros SUVs de cima, por conta das grandes dimensões. No novo modelo, o entre-eixos cresceu 4 cm, enquanto o comprimento aumentou 2,7 cm. De acordo com o designer, o espaço no banco traseiro está 5 cm maior. Em resumo, continua a ser o mesmo Range Rover, só que melhor. E também mais aerodinâmico. Woolley informa que o novo modelo está 20% mais aerodinâmico.
Por dentro, o foco também foi o da evolução, mesmo sem revolução. Woolley diz que o novo modelo tem 15% menos comandos no painel e no console. “Os botões são intuitivos. Não é necessário ser um expert para dirigir o carro.”


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